Complicações relacionadas ao tratamento inadequado da sífilis gestacional para o desenvolvimento fetal: revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i18.2268Palavras-chave:
Sífilis gestacional, Tratamento inadequado, Complicações fetaisResumo
A revisão identifica a sífilis gestacional como problema de saúde pública global associado a mais de 300 000 óbitos fetais e neonatais anuais, detalha suas fases clínicas e as complicações neurológicas e cardíacas maternas, e evidencia que tratamento inexistente ou inadequado gera malformações graves — tíbia em sabre, dentes de Hutchinson, hidrocefalia e surdez. Na América Latina, estima-se até 344 000 casos de sífilis congênita por ano, e no Brasil a incidência em gestantes cresce de forma alarmante nos últimos cinco anos. Objetivando descrever fatores que levam ao manejo insuficiente e seu impacto no desenvolvimento fetal, o estudo realizou revisão bibliográfica de 2014-2024 em BVS, SciELO, PubMed e documentos do Ministério da Saúde, selecionando 15 artigos. Os resultados apontam falhas sistêmicas, como recusa familiar, desconhecimento terapêutico, demora diagnóstica e comunicação precária entre profissionais e usuários, levando a aborto espontâneo, prematuridade, malformações, deficiência cognitiva e morte perinatal. Ressalta-se o papel da enfermagem na triagem, educação em saúde, acolhimento e adesão ao tratamento com penicilina; conclui-se que diagnóstico precoce, intervenções educativas e abordagem multidisciplinar são essenciais para reduzir a carga da sífilis congênita.
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