O instituto da indicação geográfica no direito brasileiro e a tolerância a palavra “tipo" no rotulo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.55892/jrg.v6i13.748

Palavras-chave:

Indicações Geográficas, Direito Civil, Ministério da Agricultura e Pecuária, Acordo Mercosul Europa

Resumo

O trabalho busca tratar da tolerância, no direito brasileiro, a alimentos que não usam o selo de Indicações Geográficas, mas permanecem sendo comercializados desde que sob a alcunha da palavra “tipo” adicionada ao nome da Indicação Geo-gráfica legítima. Para tanto, foi indicada a Portaria nº 146 de 7 de março de 1996, exarada pelo Ministério da Agricultura brasileiro, que regulamenta a produção de queijo no país bem como da Instrução Normativa nº 22 de 24 de novembro de 2005, que permite produtos de origem animal fabricados segundo tecnologias ca-racterísticas de diferentes lugares geográficos. Para obter produtos de origem ani-mal com propriedades sensoriais semelhantes ou parecidas com aquelas que são típicas de certas zonas reconhecidas, na denominação do produto de origem ani-mal deve figurar a expressão "tipo", com letras de igual tamanho, realce e visibili-dade que as correspondentes à denominação aprovada no regulamento vigente no país de consumo, em desconformidade com tratados internacionais. O trabalho avalia estas deformidades que devem ser resolvidas para conformidade com a le-gislação internacionais sobre defensa das Indicações Geográficas e a luz do re-cente acordo Mercosul, União Europeia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luísa Campos Faria, University of Brasília

[Lattes] - Mestranda em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação na UNB - Profnit - Propriedade Intelectual, Advogada na Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Alessandro Aveni, University of Brasília

[Lattes] - Doutor em Administração Professor na UNB - Profnit - Propriedade Intelectual, Professor UniProcessus.

Referências

ABRANTES, Maria Rociene. Regulamentação da denominação de origem protegi-da de queijos da Espanha e sua aplicação em queijo de coalho. 2016.

AYRES, Ian; BRAITHWAITE, John. Responsive regulation: Transcending the de-regulation debate. Oxford University Press, USA, 1992.

BRASIL. Lei de Propriedade Industrial (Lei nº 9.279 de 14 de maio de 1996)

BRASIL. Decreto nº 11.099 de 21 de junho de 2022

BRASIL. Ministério da Agricultura e Pecuária. Portaria nº 146 de 7 de março de 1996.

BRASIL. Ministério da Agricultura e Pecuária Instrução Normativa nº 22 de 24 de novembro de 2005.

CABRAL, Danièle Hervé Quaranta. A indicação geográfica no segmento de queijo artesanal no Brasil e na França: estudo comparativo das IP Canastra e AOP Ca-membert de Normandie. 2018. Tese de Doutorado. Tese de Doutorado em Propri-edade Intelectual e Inovação, INPI. Rio de Janeiro. 2018. 277p.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA. Publicação: propriedade industrial aplicada: reflexões para o magistrado. – Brasília CNI, 2013. 215 p. : il. ISBN 978-85-7957-08

MENDONÇA, Dannyela; PROCÓPIO, Diego Pierotti; DOS SANTOS CORRÊA, So-lange Rodrigues. A contribuição das indicações geográficas para o desenvolvi-mento rural brasileiro. Research, Society and Development, v. 8, n. 7, p. 13, 2019.

RUIZ, Pedro do Amaral Fernandez; TRENTINI, Flavia. As indicações geográficas no acordo entre Mercosul e União Europeia. 2019.

SIEWERT R. e AVENI A Indicação Geográfica e seus impactos socioeconômicos e culturais por meio do estudo de caso da Região de Corupá. Revista Coleta Cientí-fica, 4(7), 28–45. https://doi.org/10.5281/zenodo.4734697. 20-06-2020.

VALENTE, Maria Emília Rodrigues et al. Indicação geográfica de alimentos e bebi-das no Brasil e na União Europeia. Ciência Rural, v. 42, p. 551-558, 2012.

Downloads

Publicado

2023-11-01

Como Citar

FARIA, L. C.; AVENI, A. O instituto da indicação geográfica no direito brasileiro e a tolerância a palavra “tipo" no rotulo. Revista JRG de Estudos Acadêmicos , Brasil, São Paulo, v. 6, n. 13, p. 1593–1605, 2023. DOI: 10.55892/jrg.v6i13.748. Disponível em: http://www.revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/748. Acesso em: 5 maio. 2024.

ARK