Tecnologia digital e sintomas de TDAH: que relação há nisso?
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i18.2166Palavras-chave:
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, Tempo de Tela, Tecnologia da Informação, Criança, AdolescenteResumo
O uso crescente de tecnologias digitais por crianças e adolescentes tem sido apontado como possível fator de intensificação de sintomas de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), especialmente em função de seus efeitos sobre o comportamento, o sono e o desenvolvimento neurológico. Nesse contexto, torna-se relevante compreender as possíveis interfaces entre o uso problemático de telas e a manifestação de sintomas do transtorno. Objetivou-se, assim, analisar as evidências disponíveis sobre a relação entre uso de tecnologias digitais e sintomas de TDAH em crianças e adolescentes. Trata-se de uma revisão integrativa, baseada em 15 artigos publicados entre 2019 e 2023, selecionados nas bases PubMed e ScienceDirect, a partir de critérios de inclusão e exclusão previamente definidos. A análise revelou associação significativa entre uso excessivo de telas e intensificação de sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, sendo mediadores frequentes o sono inadequado, a impulsividade basal e alterações em redes neurais de controle inibitório. Alguns estudos indicaram ainda a influência de fatores genéticos compartilhados. Apesar de existirem achados divergentes, o conjunto das evidências longitudinais, análises de mediação e estudos com neuroimagem sustentam a hipótese do uso desregulado de tecnologia como fator de risco comportamental. Conclui-se que a exposição excessiva a mídias digitais pode contribuir para o agravamento dos sintomas de TDAH, sendo recomendada a adoção de estratégias educativas e preventivas, como a regulação do tempo de tela, promoção da higiene do sono e incentivo ao uso consciente da tecnologia.
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