O impacto da polifarmácia na saúde do idoso: abordagens de enfermagem
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i19.2660Palavras-chave:
Enfermagem, Envelhecimento, Idosos, Polifarmácia, Uso racional de medicamentosResumo
O envelhecimento populacional tem se intensificado no Brasil, resultando em um aumento expressivo da prevalência de doenças crônicas e, consequentemente, no uso simultâneo de múltiplos medicamentos entre os idosos, fenômeno conhecido como polifarmácia. Esse quadro traz desafios significativos para o sistema de saúde, pois está associado a riscos como interações medicamentosas, reações adversas, hospitalizações e redução da qualidade de vida. Este Trabalho de Conclusão de Curso teve como objetivo analisar, com base na literatura científica, os efeitos da polifarmácia na saúde da população idosa, bem como identificar estratégias para a promoção do uso racional de medicamentos e a redução dos riscos terapêuticos. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa, realizada entre maio e julho de 2025, por meio da análise de artigos disponíveis nas bases SciELO, PubMed, LILACS, Google Acadêmico e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A análise dos estudos selecionados revelou que a polifarmácia é altamente prevalente entre os idosos e representa um importante problema de saúde pública. Os resultados indicam que a gestão inadequada dos medicamentos contribui para o agravamento de condições clínicas, elevação das taxas de mortalidade e aumento dos custos hospitalares. Evidenciou-se também o papel essencial dos profissionais de enfermagem na prevenção de eventos adversos, na reconciliação medicamentosa, na educação em saúde e na promoção de um cuidado humanizado e seguro. Conclui-se que a polifarmácia, embora muitas vezes inevitável, pode ser gerenciada de forma eficaz por meio de práticas multiprofissionais integradas, protocolos clínicos e políticas públicas que incentivem o uso racional de medicamentos, garantindo um envelhecimento mais saudável, digno e sustentável.
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