Proposta de um de protocolo de mobilização precoce para a UTI de Hospital Público do Piauí: um relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i19.2588Palabras clave:
Mobilização Precoce, Unidade de Terapia Intensiva, Protocolo ClínicoResumen
Introdução: A internação em uma UTI está relacionada com diversas complicações, e essa série de efeitos negativos podem ser minimizados com a realização de mobilização precoce ou reabilitação precoce, no entanto, a ausência de protocolos dificulta a aplicação deste tratamento. Objetivo: O objetivo deste estudo foi elaborar uma proposta de protocolo de mobilização precoce para um hospital público do Piauí. Metodologia: Trata-se de um estudo de caráter descritivo na modalidade relato de experiência sobre a elaboração de um POP destinado a UTI do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA). Inicialmente foi realizado um levantamento sobre o nível de conhecimento dos profissionais e posteriormente houve uma reunião com os Responsáveis Técnicos, onde foi abordado sobre pontos importantes para a elaboração do POP. Resultados: Para a realização da mobilização ou reabilitação precoce é fundamental observar os critérios de inclusão, exclusão e interrupção. Após essa triagem, deve-se realizar a avaliação do paciente através da Escala de Glasgow ou Escala de RASS e, quando possível, a Escala S5Q, a Escala MRC e a Escala JH-HLM. A partir dessas informações define-se o perfil clínico-funcional do paciente e realiza-se as recomendações para a mobilização ou reabilitação precoce. Discussão: A presença de um protocolo remove a subjetividade da conduta e traz para a equipe uma perspectiva de abordagem prioritária e incluída na rotina diária, aumentando, assim, a taxa de adesão ao tratamento. Conclusão: Concluímos que os protocolos institucionais sistematizam a prática de assistência ao paciente e tendem a contribuir para melhores desfechos clínicos, além de favorecer a redução dos custos hospitalares. Contudo, para garantir a efetividade de tais documentos, é fundamental que ele seja construído baseado na realidade do hospital, no conhecimento da equipe e no perfil dos pacientes e que haja treinamentos para a equipe.
Descargas
Citas
AQUIM, E. E. et al. Brazilian guidelines for early mobilization in intensive care unit. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 31, n. 4, 2019. DOI: 10.5935/0103-507X.20190084
BORGES, D. L.; BORGES, M. G. B. Protocolo de reabilitação funcional na UTI: passo a passo. 1. ed. E-book, 2023.
BORGES, V. M.; OLIVEIRA, L. R. C.; PEIXOTO, E.; CARVALHO, N. A. A. F. Fisioterapia motora em pacientes adultos em terapia intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 21, n. 4, p. 446–452, out./dez. 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbti/v21n4/v21n4a16.pdf.
BOWMAN, E. M. L.; CUNNINGHAM, E. L.; PAGE, V. J.; McAULEY, D. F. Phenotypes and subphenotypes of delirium: a review of current categorisations and suggestions for progression. Critical Care, Londres, v. 25, n. 1, p. 334–340, set. 2021. DOI: 10.1186/s13054-021-03752-w.
CAMARGO, J. B. G. et al. Mobilidade funcional de pacientes críticos em terapia intensiva: um estudo piloto. Revista Atenção à Saúde, São Caetano do Sul, v. 18, n. 63, p. 14-20, jan./mar. 2020. DOI: https://doi.org/10.13037/ras.vol18n63.6101
CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL – COFFITO. Resolução nº 392/2011 – Reconhece a Fisioterapia em Terapia Intensiva como especialidade do profissional fisioterapeuta e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, n. 192, p. 160, 5 out. 2011
DENEHY, L.; LANPHERE, J.; NEEDHAM, D. M. Ten reasons why ICU patients should be mobilized early. Intensive Care Medicine, Berlim, v. 43, n. 1, p. 86–90, jan. 2017. DOI: 10.1007/s00134-016-4513-2.
DUBB, Rolf; NYDAHL, Peter; HERMES, Carsten; SCHWABBAUER, Norbert; TOONSTRA, Amy; PARKER, Ann M.; KALTWASSER, Arnold; NEEDHAM, Dale M. Barriers and strategies for early mobilization of patients in intensive care units. Annals of the American Thoracic Society, Nova Iorque, v. 13, n. 5, p. 724–730, mai. 2016. DOI: 10.1513/AnnalsATS.201509-586CME.
FELICIANO, V. A.; ALBUQUERQUE, C. G.; ANDRADE, F. M. D. et al. A influência da mobilização precoce no tempo de internamento na Unidade de Terapia Intensiva. ASSOBRAFIR Ciência, v. 3, n. 2, p. 31–42, ago. 2012. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/rebrafis/article/viewFile/11702/11486.
FULBROOK, P.; BUTTERWORTH, J. Incidence and characteristics of device-related pressure injuries in intensive care: a four-year analysis. Intensive and Critical Care Nursing, Londres, v. 87, p. 103955, abr. 2025. DOI: 10.1016/j.iccn.2025.103955
HSIEH, S. J. et al. Staged implementation of awakening and breathing, coordination, delirium monitoring and management, and early mobilization bundle improves patient outcomes and reduces hospital costs. Critical Care Medicine, Nova Iorque, v. 47, n. 7, p. 885–893, jul. 2019. DOI: 10.1097/CCM.0000000000003765.
KAWAGUCHI, Yurika Maria Fogaça; NAWA, Ricardo Kenji; FIGUEIREDO, Thais Borgheti; MARTINS, Lourdes; PIRES-NETO, Ruy Camargo. Perme Intensive Care Unit Mobility Score e ICU Mobility Scale: tradução e adaptação cultural para a língua portuguesa falada no Brasil. Jornal Brasileiro de Pneumologia, São Paulo, v. 42, n. 6, p. 468–472, nov./dez. 2016. DOI: 10.1590/S1806-37562016000000301
LI, W.; CAI, J.; DING, L.; CHEN, Y.; WANG, X.; XU, H. Incidence and risk factors of ventilator-associated pneumonia in the intensive care unit: a systematic review and meta-analysis. Journal of Thoracic Disease, Pequim, v. 16, n. 9, p. 5518–5528, set. 2024. DOI: 10.21037/jtd-24-150
MARTINEZ, M. C. et al. Transcultural adaptation of the Johns Hopkins Fall Risk Assessment Tool. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 24, p. 1–8, jan./fev. 2016.
MARTINS, G. S. et al. Analysis of functional status and muscle strength in adults and older adults in an intensive care unit: a prospective cohort study. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 26, n. 7, p. 2899–2910, jul. 2021. DOI: 10.1590/1413-81232021267.21422019.
MOREIRA, Rodrigo César Maia; TONELLA, Rodrigo Marques; TALLARICO, Lucinara Martins Silva; CAMARGO, Taís Mendes de; MENDES, Liliane Patrícia Souza; BARBOSA, Mariana Hoffman; SALLES, Maria Clara Xavier; VELLOSO, Marcelo. O impacto de um protocolo de mobilização precoce, viável e de baixo custo em pacientes críticos: comparação com a fisioterapia convencional. Fisioterapia em Pesquisa, São Paulo, v. 32, p. e24006024pt, jan./fev. 2025. DOI: 10.1590/1809-2950/e24006024pt
PIVA, T. C.; FERRARI, R. S.; SCHAAN, C. W. Protocolos de mobilização precoce no paciente crítico pediátrico: revisão sistemática. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 240–248, abr./jun. 2019. DOI: 10.5935/0103-507X.20190038
RATCLIFFE, J.; WILLIAMS, B. Impact of a mobility team on intensive care unit patient outcomes. Critical Care Nursing Clinics of North America, v. 31, n. 2, p. 141–151, jun. 2019. DOI: 10.1016/j.cnc.2019.02.002. PMID: 31047089
RAURELL-TORREDÀ, M.; ARIAS-RIVERA, S.; MARTÍ, J. D. et al. Variáveis associadas aos níveis de mobilidade em pacientes críticos: um estudo de coorte. Nursing in Critical Care, Londres, v. 27, n. 4, p. 546–557, abr. 2022.
ROCHA, A. R. Miranda; MARTINEZ, B. P.; MALDANER DA SILVA, V. Z.; FORGIARINI JUNIOR, L. A. Early mobilization: why, what for and how? Medicina Intensiva, Madri, v. 41, n. 7, p. 429–436, jul. 2017. DOI: 10.1016/j.medin.2016.10.003
SAADOON, A. Incidence of pressure sore in the intensive care unit at Al-Diwanyia Teaching Hospital. Georgian Medical News, Tbilisi, n. 364–365, p. 168–171, jul./ago. 2025. PMID: 41072513
SILVA, Flaviana Santos de Sousa; LIMA, Giérisson Brenno Borges; LIMA, Gabriel Santos de Castro e; TORRES, Denise Carvalho; MACEDO, Michel Monteiro; AMORIM, Carlos Eduardo Neves. Efeitos da mobilização em 24 horas com base na escala de mobilidade da UTI em pacientes com câncer: um ensaio clínico randomizado controlado “Mobilização baseada na escala de mobilidade da UTI”. Journal of Surgical Oncology, Nova Iorque, v. 131, n. 8, p. 1583–1590, jun. 2025. DOI: 10.1002/jso.28142
YANG, X.; ZHANG, T.; CAO, L.; YE, L.; SONG, W. Early mobilization for critically ill patients. Respiratory Care, Kansas City, v. 68, n. 6, p. 781–795, jun. 2023. DOI: 10.4187/respcare.10481






































