Os desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem no manejo clínico de pacientes com queimaduras graves

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.55892/jrg.v8i19.2655

Palabras clave:

Cuidados de enfermagem, processo de enfermagem, queimaduras, unidade de terapia intensiva

Resumen

As queimaduras representam uma das lesões mais graves e complexas tratadas em ambiente hospitalar, exigindo cuidados especializados e conhecimento técnico por parte da equipe de enfermagem. Essas lesões podem causar desequilíbrios hemodinâmicos, inflamatórios e metabólicos, além de comprometer a integridade da pele, o maior órgão do corpo humano. O tratamento adequado, aliado à atuação eficiente da enfermagem, é fundamental para a recuperação do paciente. Com o avanço de tecnologias como a membrana amniótica e outras terapias biológicas, novas possibilidades terapêuticas têm surgido. No entanto, a qualificação dos profissionais ainda representa um desafio na prática assistencial ao paciente grande queimado. Este estudo teve como objetivo analisar os principais desafios enfrentados por profissionais de enfermagem no manejo clínico de pacientes com queimaduras graves, destacando as lacunas no conhecimento técnico-científico, bem como as limitações na aplicação de tecnologias terapêuticas emergentes. A metodologia adotada foi uma revisão integrativa da literatura, com coleta de dados entre agosto e setembro de 2025. A busca foi conduzida nas bases SciELO, LILACS, MEDLINE, PubMed e BNDF, utilizando descritores específicos relacionados à assistência de enfermagem e tratamento de queimaduras. Foram incluídos estudos publicados entre 2020 e 2025, nos idiomas português e inglês, avaliados por meio de revisão por pares. A questão norteadora foi elaborada com base na estratégia PICO, permitindo uma análise sistemática das evidências disponíveis. A revisão revelou que, embora existam avanços no tratamento de queimaduras, persistem desafios significativos como falhas no manejo da dor, lacunas no uso de drogas vasoativas e baixa adesão a protocolos clínicos. Conclui-se que a qualificação contínua dos profissionais de enfermagem, aliada a investimentos institucionais e protocolos baseados em evidências, é essencial para garantir uma assistência eficaz, segura e centrada no paciente queimado.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Pamela Artigas Rocha, Centro Universitário Sudoeste Paulista, Avaré-SP, Brasil

Graduação em andamento em Enfermagem Pela Universidade Sudoeste Paulista, UNIFSP, Brasil.

Williany Dark Silva Serafim Cortez, Centro Universitário Sudoeste Paulista, Avaré-SP, Brasil

Doutorado em andamento em Doutorado em Anestesiologia. Possui graduação em Enfermagem pelas Faculdades Integradas de Jaú (2012). Enfermeira especialista em Bloco cirúrgico com ênfase em Protocolos Assistenciais e Gestão em Centro de Material e Esterilização, Centro Cirúrgico e Recuperação Pós Anestésica, pelo Centro Universitário Uningá - Botucatu (2016). Enfermeira especialista em Centro Cirúrgico, Central de Material e Esterilização e Recuperação Pós Anestésica pela Faculdade Unyleya AVM Integrada - Brasília (2016). Mestre em Enfermagem pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp - Botucatu (2019).

Citas

AHUJA, N. et al. Dehydrated human amnion membrane as treatment for pediatric burns. Adv Wound Care (New Rochelle), v. 9, n. 11, p. 602–611, 2020. DOI: 10.1089/wound.2019.0983. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33095127/. Acesso em: 31 ago. 2025.

BRASIL. Ministério da Saúde. SUS ofertará terapia com transplante da membrana amniótica no tratamento de queimaduras. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2025. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2025/junho/sus-ofertara-terapia-com-transplante-da-membrana-amniotica-no-tratamento-de-queimaduras. Acesso em: 27 ago. 2025.

BORGES, L. et al. Cuidados de enfermagem aplicados ao paciente grande queimado adulto: revisão integrativa. Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 98, n. 2, p. e024318, 2024. DOI: 10.31011/reaid-2024-v.98-n.2-art.1668. Disponível em: https://revistaenfermagematual.com.br/index.php/revista/article/view/1668. Acesso em: 27 ago. 2025.

COSTA, [Nome do autor, caso identificado]. Portaria amplia o tratamento de queimaduras no SUS com incorporação da membrana amniótica. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2025. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2025/junho/. Acesso em: 27 ago. 2025.

CHOURDAKIS, M. et al. Nutritional therapy among burn injured patients in the critical care setting: an international multicenter observational study. Clinical Nutrition, v. 39, n. 12, p. 3813–3820, 2020. DOI: 10.1016/j.clnu.2020.04.023.

GOH, M. et al. Advancing burn wound treatment: exploring hydrogel as a transdermal drug delivery system. Drug Delivery, v. 31, n. 1, p. 2300945, 2024. DOI: 10.1080/10717544.2023.2300945.

IRILOUZADIAN, R. et al. The clinical outcomes of xenografts in the treatment of burn patients: a systematic review and meta-analysis. European Journal of Medical Research, v. 28, n. 1, p. 524, 2023. DOI: 10.1186/s40001-023-01505-9.

KNAPPSKOG, K. et al. Vasoactive and/or inotropic drugs in initial resuscitation of burn injuries: a systematic review. Acta Anaesthesiologica Scandinavica, v. 66, n. 7, p. 795–802, 2022. DOI: 10.1111/aas.14095.

LIMA JÚNIOR, E. M. et al. Linha do tempo da pele de tilápia (Oreochromis niloticus) na medicina regenerativa moderna: da bancada ao paciente. Revista Brasileira de Queimaduras, v. 22, n. 2, p. 41–46, 2023.

LOUSADA, L. M. et al. Cuidados de enfermagem em pacientes queimados nas Unidades de Terapia Intensiva. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 26, n. 3, p. 764–781, 2022.

LUZE, H. et al. The use of acellular fish skin grafts in burn wound management – A systematic review. Medicina (Kaunas), v. 58, n. 7, p. 912, 2022. DOI: 10.3390/medicina58070912.

MANNES, M. et al. Complement as driver of systemic inflammation and organ failure in trauma, burn, and sepsis. Seminars in Immunopathology, v. 43, n. 6, p. 773–788, 2021. DOI: 10.1007/s00281-021-00872-x.

MARKIEWICZ-GOSPODAREK, A. et al. Burn wound healing: clinical complications, medical care, treatment, and dressing types. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 19, n. 3, p. 1338, 2022. DOI: 10.3390/ijerph19031338.

MASON, S. A.; PHAM, T. N. Use of dermal regenerative templates for burns. Journal of Burn Care & Research, v. 44, supl. 1, p. S19–S25, 2023. DOI: 10.1093/jbcr/irac135.

NASIRZADE, A. et al. Comparison of the effects of burn assessment mission game with feedback lecture on nursing students’ knowledge and skills in the burn patients’ assessment. BMC Medical Informatics and Decision Making, v. 24, n. 1, p. 157, 2024. DOI: 10.1186/s12911-024-02558-4.

NELSON, C. et al. Unplanned extubation in the burn unit: a retrospective review. Journal of Burn Care & Research, v. 46, n. 3, p. 612–619, 2025. DOI: 10.1093/jbcr/iraf011.

OPRIESSNIG, E. et al. Epidemiology of burn injury and the ideal dressing in global burn care – regional differences explored. Burns, v. 49, n. 1, p. 1–14, 2023. DOI: 10.1016/j.burns.2022.06.018.

PAGGIARO, A. O. Membrana amniótica: quanto tempo o Brasil ainda precisa esperar? Revista Brasileira de Queimaduras, v. 22, n. 3, p. 87, 2023.

PAZ, F. R. L. et al. Conhecimento da equipe de enfermagem no atendimento de emergência aos pacientes vítimas de queimaduras. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 10, n. 10, p. 2920–2933, 2024. DOI: 10.51891/rease.v10i10.16129.

SÁ, G. G. L. de et al. Uso de membrana amniótica como curativo biológico temporário em queimaduras: uma revisão integrativa. Brazilian Journal of Health Review, v. 7, n. 5, p. e72909, 2024. DOI: 10.34119/bjhrv7n5-198. .

SONG, J. et al. Skeletal muscle wasting after a severe burn is a consequence of cachexia and sarcopenia. JPEN Journal of Parenteral and Enteral Nutrition, v. 45, n. 8, p. 1627–1633, 2021. DOI: 10.1002/jpen.2238.

VAN YPEREN, D. T. et al. Burn injury characteristics, referral pattern, treatment (costs), and outcome in burn patients admitted to a hospital with or without a specialized Burn Centre (BURN-Pro). European Journal of Trauma and Emergency Surgery, v. 49, n. 3, p. 1505–1515, 2023. DOI: 10.1007/s00068-023-02233-9.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Burns. Geneva: WHO, 2023. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/burns. Acesso em: 30 ago. 2025.

YARALI, M. et al. A systematic review of health care workers' knowledge and related factors towards burn first aid. International Wound Journal, v. 20, n. 8, p. 3338–3348, 2023. DOI: 10.1111/iwj.14162.

ŻWIEREŁŁO, W. et al. Burns: classification, pathophysiology, and treatment: a review. International Journal of Molecular Sciences, v. 24, n. 4, p. 3749, 2023. DOI: 10.3390/ijms24043749.

Publicado

2025-11-11

Cómo citar

ROCHA, P. A.; CORTEZ, W. D. S. S. Os desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem no manejo clínico de pacientes com queimaduras graves. JRG Journal of Academic Studies , Brasil, São Paulo, v. 8, n. 19, p. e082655, 2025. DOI: 10.55892/jrg.v8i19.2655. Disponível em: https://www.revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/2655. Acesso em: 16 nov. 2025.

ARK