Morbidade e complicações da pancreatite: um estudo ecológico transversal
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i18.2142Palabras clave:
pancreatite, pancreatite aguda, complicações, morbidade, mortalidadeResumen
Introdução: A condição inflamatória que afeta o pâncreas é conhecida como pancreatite. Caracteriza-se como um processo flogístico que inclui a presença de infiltrado inflamatório, fibrose e perda de tecido glandular pancreático. A forma aguda tem causas conhecidas como cálculos biliares, álcool, medicamento e CPRE (colangiopancreatografia retrógrada endoscópica), e se manifesta por dor epigástrica aguda, náuseas e vômitos. Tal patologia possui um crescente índice de acometimento tanto na população adulta e idosa quanto na infantil. Isso se deve ao aumento da conscientização e da capacidade diagnóstica, porém, apesar dos avanços diagnósticos e intervencionistas, a doença ainda está associada à morbidade e mortalidade expressivas. Neste trabalho, serão abordados fatores relacionados a esse agravamento. Objetivo: Avaliar a morbidade associada à doença no Brasil, entre os anos de 2021 e 2024, com dados fornecidos pelo DATASUS. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico transversal, que analisou os índices de internação e de morbidade causados pela pancreatite aguda no Brasil em todas as suas macrorregiões, cujos dados foram obtidos por meio de consulta às seguintes bases de dados: SINAN (Sistema de Informações de Agravos de Notificação) e SIM (Sistema de Informações de Mortalidade), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: De acordo com os dados obtidos por meio do DATASUS, entre 2021 e 2024, houve 149.164 internações por pancreatite aguda. A região Sudeste teve o maior número de óbitos, seguida do Sul e Nordeste. Os dados apontam que homens apresentaram maior mortalidade que mulheres em todas as regiões. Conclusão: A pancreatite aguda é uma doença que possui taxas de internações expressivas e pode ser considerada um problema de saúde pública no Brasil. É essencial uma atuação eficiente da equipe multidisciplinar para reduzir complicações e salvar vidas.
Descargas
Citas
BRAGA, Williana Garcia et al. Pancreatite: fisiopatologia, diagnóstico e manejo terapêutico/Pancreatitis: pathophysiology, diagnosis and therapeutic management. Brazilian Journal of Development, v. 8, n. 5, p. 34311-34330, 2022.
BUENO, Anderson Silvério et al. PANCREATITE AGUDA. Revista Tópicos, v. 3, n. 19, p. 1-12, 2025.
IANNUZZI, Jordan P. et al. Global Incidence of Acute Pancreatitis Is Increasing Over Time: A Systematic Review and Meta-Analysis. Gastroenterology, 2022; 162(1): 122-134.
LOUNINE, Júlia Paiva et al. Epidemiologia, fisiopatologia e manejo da pancreatite aguda: Uma revisão de literatura. Research, Society and Development, v. 13, n. 4, p. e2913445494, 2024.
MATIAS, Maria Beatriz Grangeiro et al. Manejo da pancreatite aguda: uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 6, n. 8, p. 493-503, 2024.
PETROV, Maxim S. ; YADAV, Dhiraj. Global epidemiology and holistic prevention of pancreatitis. Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology, v. 16, n. 3, p. 175–184, 27 nov. 2018.
PENG, Cheng et al. The Role of Pancreatic Infiltrating Innate Immune Cells in Acute Pancreatitis. Int J Med Sci, 2021; 18(2): 534-545.
SANTOS, Thiago Cassio Fuzatti et al. Incidência de pancreatite aguda: impactos na saúde pública e estratégias de prevenção. Brazilian Journal of Integrated Health Sciences, 2024; 6(2): 25-33.
SHELTON, Celeste. et al. Pancreatitis Overview. GeneReviews [Internet]. Seattle (WA): Universidade de Washington, Seattle, 13 de mar 2020.
SILVESTRI, Luiza Mattos et al. Pancreatite aguda-revisão literária. Brazilian Journal of Health Review, v. 7, n. 3, p. e69379, 2024.