Ensinar em tempos de inteligência artificial: adaptação ou reinvenção docente?
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i19.2312Palabras clave:
Inteligência Artificial, Docência, Inovação Pedagógica, Formação de Professores, Tecnologias DigitaisResumen
Este artigo tem como objetivo refletir criticamente sobre os impactos da Inteligência Artificial (IA) na prática docente, analisando se o uso dessas tecnologias no contexto educacional requer apenas adaptação ou uma verdadeira reinvenção do papel do professor. Adotando como metodologia a revisão bibliográfica, foram selecionadas publicações entre os anos de 2020 e 2025, incluindo artigos do próprio autor, que discutem a inserção da IA no processo de ensino-aprendizagem sob diferentes perspectivas. A análise revelou que, embora as ferramentas baseadas em IA possam otimizar o planejamento, a avaliação e a personalização do ensino, sua eficácia está diretamente relacionada à mediação crítica e intencional do professor. Além disso, destaca-se que a adoção dessas tecnologias precisa considerar desigualdades sociais e garantir condições equitativas de acesso e formação docente. Conclui-se que a presença da IA na educação não substitui o professor, mas exige a reconfiguração de sua atuação, pautada em princípios éticos, pedagógicos e humanizadores. Ensinar em tempos de inteligência artificial, portanto, demanda um movimento consciente de reinvenção docente, com vistas a uma educação mais significativa, inclusiva e comprometida com a formação integral dos sujeitos.
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