Atuação do oncologista frente aos sentimentos dos pacientes e familiares durante o tratamento oncológico

Resumen

O presente estudo, baseado em uma revisão sistemática da literatura, analisou a atuação do oncologista no manejo dos sentimentos de pacientes e familiares durante o tratamento oncológico. O câncer é uma patologia de grande relevância na saúde pública, associada a elevadas taxas de morbidade e mortalidade, e desencadeia sentimentos conflitantes nos indivíduos, como medo da morte, ansiedade e desesperança. A pesquisa adotou o protocolo PRISMA 2020 e analisou 17 estudos, identificando que a atuação do oncologista ultrapassa os limites do cuidado puramente clínico, assumindo um papel essencial na mediação das dimensões emocionais, sociais e familiares. A abordagem integral e humanizada é uma condição essencial da prática oncológica contemporânea, exigindo a integração de competência técnica com sensibilidade ética e humana. As evidências demonstram que a empatia, a escuta ativa e a comunicação terapêutica são instrumentos indispensáveis, pois fortalecem o vínculo médico-paciente, contribuem para a adesão ao tratamento e promovem o bem-estar psicossocial. Além disso, o cuidado deve se estender à família, que vivencia o processo de adoecimento de forma intensa e desgastante, necessitando de acolhimento e orientação. Apesar do movimento global em direção à humanização, ainda há desafios relacionados à formação profissional e à necessidade de capacitação contínua em comunicação e cuidados paliativos. Conclui-se que o fortalecimento dessas práticas humanizadas e éticas constitui um pilar central da assistência oncológica atual.