O papel do enfermeiro na construção do vínculo afetivo entre pais e recém-nascidos em UTI neonatal: uma revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.55892/jrg.v8i19.2644Palabras clave:
Desenvolvimento Infantil, Humanização da Assistência, Terapia Intensiva Neonatal, Enfermeiro, Vínculo AfetivoResumen
Objetivo: Analisar o papel do enfermeiro no apoio à formação de vínculo afetivo entre pais e neonatos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), destacando seu manejo e assistência. Método: Trata-se de uma revisão de literatura que reuniu e analisou criticamente artigos científicos publicados entre 2021 e 2025, nas bases SciELO, PubMed, Google Scholar e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Além dos artigos, foram consultados documentos normativos e oficiais, como a Política Nacional de Humanização (PNH), as Portarias do Ministério da Saúde que regulamentam o Método Canguru, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a fim de contextualizar as evidências científicas no âmbito das diretrizes nacionais e internacionais. Resultados: Os estudos revisados indicam que a hospitalização em UTIN, embora necessária para a sobrevivência do recém-nascido, pode fragilizar o vínculo afetivo e gerar insegurança nos pais. A atuação do enfermeiro mostrou-se fundamental para minimizar esse impacto, promovendo práticas de humanização que favorecem a aproximação da família com o neonato. Estratégias como o Método Canguru, o contato pele a pele e o modelo mFICare (Family Integrated Care) destacaram-se como intervenções eficazes, trazendo benefícios físicos, emocionais e cognitivos tanto para o bebê quanto para seus familiares. Além disso, o suporte educativo e emocional prestado pelo enfermeiro contribuiu para a autonomia dos pais no cuidado ao neonato e para a redução da ansiedade e do estresse durante a internação. Conclusão: Constatou-se que a abordagem sensível e humanizada da enfermagem é indispensável para o fortalecimento do vínculo entre pais e neonatos em UTIN, reforçando o papel do enfermeiro como mediador do cuidado e agente de transformação na assistência neonatal.
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